segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A pequena empresa inovadora: Como entender melhor a estratégia


Desde os primórdios da administração contemporânea, uma longa - e aparentemente interminável legião de "especialistas", "experts" ou "gurus" tem publicado seus conceitos e visões a respeito de Estratégia Corporativa.

Quando temos a oportunidade de ler algum novo livro ou trabalho sobre assunto - nós mesmos, profissionais com experiência e prática sobre gestão, pesquisadores na área, nos vemos surpreendidos por uma verdadeira "sopa de letras": Cada autor, resguardado em sua atuação como "consultor de empresas", tem algo a nos dizer de diferente, como que buscando a aumentar a confusão - já grande, sobre o assunto.

Nada demais em promover aqui ou acolá uma abordagem, visão ou mesmo um possível conceito pessoal, de sua autoria, sobre um tema tão concorrido. Especialmente quando vivemos na chamada "era digital da informação", onde existem ferramentas e possibilidades de publicar sobre o assunto - como estamos fazendo agora, por exemplo, com franca liberdade e potencializada capacidade de multiplicação por meio da internet.

O problema está no fato de que, em sua grande maioria, esta variada hoste de "estrategistas" acaba por se afastar da própria definição estruturada, do significado mais objetivo, do que seja - ou deveria ser - a Estratégia para a empresa.

O grande desafio sobre Estratégia Corporativa/Empresarial, em especial para os micro e pequenos empreendedores, talvez seja - ele mesmo, um retorno necessário ao óbvio: A capacidade que a organização terá de compreender o que foi no dia de ONTEM, onde se encontra HOJE e o que pretende abraçar no dia de AMANHÃ. É claro que, não de forma tão simples, quando a questão é colocar em prática a sua proposta de planejamento.
Mas, igualmente, sem transformar esta tarefa de gestão, num desafio tão difícil - como os manuais de produtos que, por tão complexos e de linguagem excessivamente técnica, acabam por nunca serem lidos. E basta NÃO LER um detalhe tão simples - como, por exemplo, a voltagem de um aparelho elétrico, para tê-lo queimado logo após iniciar o uso!

Para que a organização consiga atuar de maneira competitiva, é necessário entender algumas regrinhas básicas, como essas quatro que estou listando abaixo:

1) Estratégia é diferente de Tática. 

Estratégia é tudo aquilo que, relacionado ao planejamento, envolve a empresa por completo, como um todo. Tática será - portanto, aquilo que disser respeito ou afetar apenas partes da organização, suas áreas funcionais, departamentais, suas divisões;

2) Estratégia se relaciona com FILOSOFIA EMPRESARIAL, assim como Tática diz respeito a POLÍTICAS ORGANIZACIONAIS. 

Trocando em miúdos : Se você souber que Filosofia é, por definição, o conjunto de valores - de crenças ou motivações básicas que afetam o ser humano, terá uma bem idéia clara de como seguir apreciando o(s) conceito(s) de Estratégia. 
Da mesma maneira em que, se buscar pela definição de Política - e constatar que se trata do conjunto de regras - ou enunciados, que orienta a tomada de decisões, conseguirá trabalhar com maior conforto na dimensão tática de suas necessidades organizacionais.

3) Quanto a sua natureza, o PLANEJAMENTO poderia ser considerado como uma "espinha dorsal", em que visualizamos três partes distintas - ou etapas consideradas as principais. 

E são elas:  a) Formulação - que diz respeito as informações que obtemos sobre os ambientes interno e externo da empresa, e tudo o que consideramos relevante ou que poderá impactar sua existência, seus produtos , serviços, mercados e pessoas; b) Definição de Sequência - que não é nada mais do que a lógica que associa estas informações a utilidade prática que teriam em cada uma das áreas da nossa empresa, aplicada ao que entendemos ser o planejamento necessário para obtermos melhores resultados, e 3) Implementação - que como o próprio nome já sugere, é o caminho mais adequado para dar consecução a estes objetivos propostos. E ainda,

4) Existem três (3) tipos fundamentais de Estratégia. 
São eles : Sobrevivência, Crescimento e Desenvolvimento.
Estabelecer em qual destes tipos deve estar o foco do planejamento estratégico da empresa, terá como resposta um ambiente de prioridades - e a ênfase ou esforço das ações que deverão ser empreendidas vai interagir - com maior ou menor proximidade, com elementos que são chave para a construção de cenários onde a proposta da estratégia poderá ser bem sucedida.


Finalmente - mas não por último, o exercício do Planejamento e da Estratégia tem que ser uma constante no ambiente de gestão da empresa.
Para que isso aconteça, é necessário tornar permanente o estímulo e a capacitação dos empreendedores e de seus colaboradores.
Bom planejamento - e construa uma estratégia vitoriosa!








segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A pequena empresa e o Planejamento Estratégico: Ponto de partida para o futuro!


Planejar é uma necessidade.
Da mesma forma que é saber definir a estratégia mais adequada para a empresa.
Ainda assim, observarmos no ambiente de negócios, que muitas delas - entre as quais o maior número é de micro e pequenas, lançam-se no desafio da conquista de mercados e consumidores, sem que estes princípios fundamentais sejam vistos - e revistos, na medida necessária a consecução dos objetivos a que se propõem.
A grande questão que se coloca, quase sempre, é a desinformação - aliada a permanência de gestores e "decision makers" sob a pressão contínua de resultados, relacionados a cenários que são mais reativos as necessidades de sobrevivência da empresa, do que as suas expectativas de posicionamento futuro.
Se é verdade que, muitos podem dizer que sua preocupação com o médio e longo prazos faz parte da sua rotina de prioridades, mais certo ainda é dizer que estes períodos (curto, médio e longo), em sua definição pessoal, nada tem a ver com o eixo de tempo real, necessário ao entendimento concreto de sua matriz de oportunidades e desafios.
Enquanto na pequena empresa, CURTO prazo pode significar o período entre o ano corrente e o próximo, MÉDIO o que se sucederá a isso, e LONGO algo que, esta visão particular, deixa alcançar a no máximo quatro ou cinco anos a frente, sabemos que o desafio da sobrevivência em mercados competitivos demandará um olhar muito além destes horizontes.


Kevin Clancy, conhecido guru da administração, por exemplo, em seu trabalho "Marketing Suicida", fruto de pesquisas e avaliações realizadas com executivos de marketing em diferentes organizações de negócio, atesta que muito do fracasso de novos produtos e serviços colocados no mercado, tem na sua essência mais de desconhecimento, mitos, pesquisas e planos mal formulados do que muitos poderiam sequer imaginar : Na época em que o trabalho foi publicado, cerca de 80% (oitenta porcento) dos ditos "novos produtos" lançados, fracassavam.
O desafio de planejar estrategicamente, por conseguinte, torna-se praticamente a espinha-dorsal que deve demandar da empresa a capacidade necessária para tal.
Lançar-se ao mercado, sem que o consumidor - elemento para a tomada de decisão da empresa, seja compreendido de forma apropriada, que o seu produto seja bem testado, que a dimensão do mercado esteja clara o suficiente, entre outras tantas questões, pode acelerar o processo de falência daquilo que poderia ser, de outra forma, um bom produto, serviço - ou empreendimento.


Considerações a parte, o Planejamento Estratégico nas pequenas empresas pode - e deve ser elaborado com a participação do seu conjunto de gestores, funcionários e colaboradores.
E, quando seja necessário, com a integração de profissionais, como consultores - por exemplo, que poderão trabalhar instrumentos modernos, realizar diagnósticos desprendidos de "achismos" ou falta de conhecimento sobre determinados temas, e promover dinâmicas que considerem o próprio ato de planejar como parte de um processo maior, de mobilização de qualidade para o alcance de metas presentes - e futuras, de crescimento e desenvolvimento.
A depender do tipo de estratégia mais adequada para o momento da empresa, mais bem definida poderá ser a ênfase para que ela seja bem sucedida.
Pequena empresa quer um lugar no futuro?
Vamos planejar!




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Inovação e Empreendedorismo na Pequena Empresa: Caminhos e Desafios


Inovar e Empreender, eis a questão!
Formulada na essência do grande desafio que reveste cada uma destas propostas - diferentes em suas raízes, ainda que complementares em suas concepções, a dúvida quase já não existe mais.
Tal a certeza que a visão da inovação e do empreendedorismo reveste-se, a cada dia, do motor imaginado, perfeito - que impulsiona os negócios, as pessoas e, por que não dizer,  a própria existência das empresas.
Inovar e empreender - antes virtudes, transitam agora na dimensão mais concreta da mente empresarial.
Então, o que?
De qualquer maneira, existe um hiato entre a constatação de que este motor é mesmo necessário, e a capacidade real que cada organização - em especial as de pequeno porte, tem para colocá-lo em funcionamento.
Ao aplicarmos algumas ferramentas ou técnicas conhecidas em administração, se torna mais fácil demonstrar para gestores esta realidade: Se formatarmos uma pequena matriz, trabalhando eixos de inovação com habilidades gerenciais, por exemplo, conseguimos identificar que o empreendedor se localizará no quadrante que expressa o encontro de seus níveis mais altos.

E, por conta disso, nos colocamos de frente ao maior de todos os desafios: Como migrar do lugar comum, da zona de conforto de atuação de pessoas - e das próprias empresas, para este espaço desejado?
A proposta de inovar e empreender - em qualquer nível, passa antes pelo entendimento de que planejamento e estratégia são coisas muito, mas muito necessárias.
E igualmente sérias.
Não se pode - ou melhor, até pode, mas não se deve-  imaginar que este motor é consequência, apenas, de idéias novas e da criatividade que imaginamos ser proprietários, únicos e exclusivos.
Pode até ser verdade que, alguns exemplos bem sucedidos de inovação e empreendedorismo que possamos listar, tenham sido o primeiro fruto desta árvore da imaginação humana.
Mas, verdade seja dita, colocar em prática a visão criativa - sobre a forma de um novo produto ou serviço, por exemplo, requer na quase totalidade das vezes, muita concentração, dedicação e esforço!



Parte importante deste processo, diz respeito a dimensões do planejamento das pequenas empresas, que deveriam ser reestruturadas de maneira pró-ativa, moldando-se de forma contínua, as fortalezas - e fraquezas existentes no ambiente no qual estas se encontram inseridas.
A boa notícia de que podemos inovar e empreender, de modo a conferir significado a algo que seja criativo, é sempre companheira mais próxima da que anuncia - em alto em bom som: Não se pode tornar concreta uma boa idéia, sem que exista disponibilidade, capacitação e trabalho árduo.
Muito trabalho.
Mais a frente, vamos poder falar de Estratégia e Planejamento.
Até lá!





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Resenhas e artigos: O desafio do trabalho acadêmico ou científico

"Eu ontem desci as pedras, oh as pedras.
Vi, desci e cunhei um punhado de pedras"
Cesar Vallejo, poeta e escritor latinoamericano.









A citação acima, que me ocorre - como deve ocorrer a outros que encaram o desafio da pesquisa - seja acadêmica ou científica, bem que poderia ser entendida com a que segue :


"No meio do caminho tinha uma pedra,
tinha uma pedra no meio do caminho..."
Carlos Drummond de Andrade, poeta e escritor brasileiro.






E ambas, seguiriam confirmando uma a outra.
Tal como a oportunidade de empreender, surge muitas vezes a necessidade de escrever sobre o que está sendo empreendido. Assuma você, neste instante, papel de cientista, pesquisador, professor ou aluno.

Como colocaria o sempre gigante Carlos Drummond de Andrade:
E agora José?


Como alguém que já encara esta possibilidade a algum tempo (deixemos de lado o quanto, exatamente...), é possível admitir que a prática e o exercício constante, profissional, do pensamento em forma de escrita, acaba por nos conferir uma certa capacidade de construir aquela que será, em outras palavras, uma espinha dorsal para o texto proposto.

Mas a verdade é apenas uma: Escrever sobre algo - ou alguém, de maneira simples (a linguagem rebuscada é propósito de quem deseja complicar), objetiva (a redundância e abuso do uso de palavras é promotor do desinteresse), acessível (nenhum leitor é igual ao outro) - e resumida (os discursos imensos sobre algum assunto são obra de políticos que não cumprem com o prometido) como no caso de uma Resenha, é sempre um desafio!

Até porque - independentemente da capacidade de quem escreve, nenhum ser humano conhecido é capaz de ser um "expert" ou especialista em todos os assuntos possíveis. Fato.
A produção do texto acadêmico ou científico, portanto, tem que nascer na seara de uma das maiores - e mais esquecidas virtudes humanas: a humildade.

(I) É preciso vislumbrar no propósito da construção de nosso texto - seja ele uma Resenha (mais simples) ou um Artigo (um pouco mais trabalhoso), algo que para nós seja desafiador ou inusitado.
Nasce à partir daí, mais da metade do combustível que é necessário para impulsionar a nossa "máquina do pensamento" na direção correta.

Sabemos, também, que a língua portuguesa tem história: Já percorreu os caminhos de clássicos da literatura e desaguou na modernidade dos neologismos e das gírias da tecno-highway (internet). Outro fato.
A produção do texto acadêmico ou científico, assim, não pode dissociar-se do conjunto de regras pré-estabelecidas para a construção, ordenamento e promoção do pensamento.


(II) É preciso que a construção do nosso texo -seja uma Resenha ou Artigo, seja fundada na prática de uma gramática culta, e seu formato esteja de acordo com as normas (ABNT e/ou outras) que sejam atribuídas para a sua elaboração. E para que isto não se transforme em um dificultador a mais, é muito importante que atenção seja dispensada aos manuais de procedimentos, editados com esta finalidade.

Se por um lado, temos presente para análise, o produto final do pensamento de um determinado autor (no caso de livro, artigo ou outra publicação existente), é bem verdade que do outro temos a nossa própria visão, idéia ou pensamento a respeito de um determinado tema. Realidade.



(III) Se nos cabe, então, a tarefa da sintese sobre uma obra, devemos lembrar - especialmente para a construção de uma Resenha - mas mesmo na elaboração de um Artigo, que devemos estabelecer de forma clara as fronteiras entre o que seja um resumo avaliativo ou crítico (onde ressaltamos no âmbito do que o autor escreve, as nossa possíveis impressões sobre o tema, reforçando a concordância - ou mesmo expressando nossa opinião própria) ou um resumo demonstrativo (onde vamos nos apenas nos concentrar em extrair da obra, trechos ou passagens que possam conferir a quem nos ler, uma idéia precisa do que o autor pretende descrever com ela).

Para aqueles que estão neste processo de construção - de Resenhas ou Artigos, vale a lembrança:

a) Tenha uma idéia clara sobre o que o trabalho acadêmico ou científico representa- no caso de uma Resenha, tanto para quem escreveu sobre algo que você avalia, como para você que escreve esta avaliação;
b) Procure abordar um tema, para os primeiros passos, no qual você se sente mais confortável para ler, avaliar, discutir;
c) Não se limite a uma fonte de informação, quando houver dúvidas- especialmente relativas a formatação de um texto, buscando orientadores, profissionais ou outros trabalhos publicados, se for o caso;
d) Dedique-se, de forma permanente, ao exercício de escrever sobre algum tema que lhe seja apropriado, ainda que não necessariamente, seja o objetivo final de seu trabalho - no caso de um Artigo, mas que possa ser utilizado como referência ou reforço ao final, e
e) Desenvolva sua própria "zona de conforto" para escrever, expandindo-a sempre que seja necessário, tanto e termos específicos (conteúdo) como o que seja relativo ao ambiente em que este momento se dá.



Esta é apenas uma pequena contribuição sobre o assunto.
Mas não se esgota por aqui.
Aguardem!








Comércio Exterior e Pequena Empresa: Exportar interessa?


A dúvida pode parecer um tanto "shakespeareana": Exportar ou não exportar - eis a questão(?)!
O dilema surge no âmbito das micro e pequenas empresas, quase sempre, por conta de um cenário que soma desinformação e despreparo - a outro de ganância, que junta, por exemplo, despachantes aduaneiros ávidos por fechar novos contratos a qualquer custo, e consultores/consultorias que não deixam margem de negociação realista e aceitável, para que o micro e pequeno empreendedor seja confrontado as possibilidades concretas de comercialização de seus produtos no mercado externo.
É claro que a decisão de exportar tem que ser objetiva: A micro ou pequena empresa, inovadora em sua área de atuação, tem que estar preparada para assumir os riscos de desenvolver uma nova frente de negócios,  fora do seu ambiente de controle mais imediato.
Afinal, negociação internacional é um campo que firma - ou desacredita, de forma quase irreversível, aqueles que pretendem definir novos horizontes para a promoção, colocação e venda de seus itens.
A iniciativa de estabelecer-se em mercados externos, tem antes que passar por um trabalho de diagnóstico da empresa, de sua forma de gestão até a capacitação de funcionários e colaboradores no entendimento desta nova realidade.
Feito isso, o próximo passo é a pesquisa: É necessário visualizar cada novo possível mercado consumidor, sob o prisma de sua própria realidade cultural, social e econômica.
Se é verdade que o marketing nos ensina que cada consumidor é único, é conveniente, portanto, para o empreendedor que pretende lançar mão da possibilidade de vender para fora de nossas fronteiras, antecipar esta necessidade de forma consequente, planejada e bem definida.
Setores de apoio a exportação para micro e pequenas empresas estão a postos em organismos como o SEBRAE, associações comerciais ou federações de indústria. 
Vale a pena, ainda, uma consulta ao Banco do Brasil, BNDES ou outras agências de fomento e desenvolvimento existentes nos estados.
Feito assim, o caminho está bem traçado.
E os objetivos desta nova empreitada tornar-se-ão mais claros.
Vai exportar? Bons negócios!