quarta-feira, 3 de abril de 2013

Como mobilizar as micro e pequenas empresas para a Inovação?

O título deste artigo faz uma pergunta, cuja resposta já é realidade: 
Não existe - na empresa, caminho melhor para enfrentar os desafios impostos por mercados cada vez mais competitivos, do que tornar-se inovadora.
Se é assim, por que tanta dificuldade?
O que faz com que, ano após ano, empresas nascentes, já existentes ou veteranas, continuem a esbarrar com as dificuldades de cenários corporativos conhecidos - em que os resultados negativos acabam sendo consequência da sua própria incapacidade de incorporar uma cultura empreendedora, capaz de guia-la (e a seus resultados), na direção do sucesso?



Theodore Levitt, um grande guru da administração moderna, nos fala - ainda na década de 70, em seu famoso "Miopia em Marketing" (publicado pela Harvard Business Review), que faltava a empresa "focar" no correto posicionamento do seu negócio.

Desde aquele momento, uma reflexão foi lançada, no sentido de demonstrar aos gestores das organizações de negócios - especialmente as do setor industrial, que uma revisão, sensata, tanto nos objetivos estratégicos quanto na própria visão que tinham a respeito de suas empresas, talvez fosse necessária.
O que fez então, grande parte deles a respeito? 
Absolutamente nada! 
Pelo menos, é isso que nos sugerem os resultados negativos que empresas de todos os portes e áreas de atuação obtiveram - anos ou décadas mais tarde, simplesmente porque desconheciam o que eram, por definição.
E, ao não saber quem sou, como posso propôr a melhor estratégia?

                                                

Quando trazemos a questão do empreendedorismo e da inovação para dentro de nossos muros,  
é necessário que tenhamos condições de trabalhar um amplo espectro de mobilização, que percorra a organização em todas as direções, como numa rosa-dos-ventos da modernidade empresarial.
É mais do que necessário - imperativo até, que os gestores não apenas apresentem a proposta de inovação, mas, antes, que despertem a atenção de todos os seus colaboradores (internos e externos), no sentido dos benefícios que a inovação vai trazer, de forma a torná-los os próprios "co-autores" desta mesma proposta, em seus setores, departamentos, divisões.
Mais tarde, seguramente, eles tornar-se-ão seus maiores incentivadores e executores.
Para que isso ocorra, não existe - como sempre, uma "receita de bolo" para alcançar o sucesso absoluto desta proposta na empresa.
Entretanto, alguns passos neste sentido são possíveis - especialmente nas micro e pequenas empresas, uma vez que elas, em geral, possuem uma estrutura menos rígida e hierarquizada, do ponto de vista organizacional. 




E, ainda que isto não elimine a possibilidade de existirem ruídos no processo de comunicação, que dará sustentação a esta mobilização pró-inovação, e que os fluxos da informação - tanto formal quanto informal, no Sistema Integrado de Gestão tenham que ser identificados e mapeados, a fim de que alternativas sejam propostas para minimizar e eliminar estes gargalos inter-departamentais ou setoriais, o estímulo aberto, transparente e direto do(s) gestor(es), na promoção de uma cadeia de valor interna para a inovação, acabará por tornar-se seu principal recurso - e alavanca, para acomodar de maneira colaborativa, todas as contribuições que sejam feitas, no sentido de facilitarr a subida de mais um degrau na cultura empreendedora da empresa.
E promover a visão de como a inovação é fundamental para o sucesso.